sábado, 12 de maio de 2012

Mercado

Construtoras podem se beneficiar com juro menor

Juro menor pode elevar demanda por empreendimentos, mas ações tendem a ficar mais voláteis

Com a mudança das regras para a poupança, o governo sinalizou a possibilidade de redução da taxa básica de juros para 8,5% ou menos.
Atualmente em 9%, após corte de 0,75 ponto percentual na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), analistas já começam a fazer suas apostas.
A equipe de análise macroeconômica do BTG Pactual acredita que a Selic deva recuar para 8,50%, mas reconhece que a taxa pode cair ainda mais para 8,25% ou até 8% ainda neste ano.
As empresas que devem se beneficiar com novos recuos da taxa básica de juros são as construtoras e incorporadoras.
Após divulgar prévias operacionais desanimadoras, analistas do BTG avaliam que o setor pode se beneficiar na queda dos juros.
De acordo com relatório assinado por Carlos Sequeira, Bernardo Miranda e Antonio Junqueira, os custos de financiamento dessas empresas cairia de 6,17% mais Taxa Referencial (TR) para 5,60% mais TR, se a Selic cair para 8,5%, podendo resultar em menores taxas para financiamento imobiliário e elevando a demanda por empreendimentos.
Ainda conforme a mesma análise, a Selic em 7,5% indica custos de financiamento de 5,3% mais TR.
Apesar do bom prognóstico, o analista Flávio Conde, do Banif Securities, afirma que cada empresa deve apresentar uma "história diferente" nos resultados do primeiro trimestre deste ano e que eles devem confirmar a percepção atual do mercado sobre cada uma delas.
Entretanto, Conde acredita que o foco deve se voltar para as perspectivas de resultados para o ano de 2012, principalmente o segundo semestre do ano.
Ações
Embora Luiz Mauricio Garcia, Alain Nicolau e Carlos Firetti, analistas do Bradesco, vejam como positiva a redução da Selic para o setor, alertam que isso pode trazer maior volatilidade para os papéis dessas empresas.
De acordo com Conde, do Banif, os papéis seguem sob pressão, com investidores mais preocupados com a postura das companhias diante do cenário complicado do que com os números do trimestre.
Fonte: Brasil Econômico
Publicado em: 09/05/12
"A estratégia de cada empresa frente a um cenário de vendas mais lento, custos ainda pressionados e expectativa de investidores de ver um fluxo de caixa positivo esse ano tendem a ser mais relevantes na seleção das ações do setor do que os resultados trimestrais", acrescenta o analista do Banif.
Entre as ações preferidas estão Cyrela, EZTec, Even e Tecnisa, todas com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 20,10, R$ 20,40, R$ 12,40 e R$ 14,50, respectivamente.

Fonte: Brasil Econômico

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